Um estudo realizado pelo National Institutes of Health (NIH), nos Estados Unidos, revelou que pessoas que tiveram contacto com pesticidas à base de rotenona e paraquat desenvolveram a doença de Parkinson, aproximadamente 2,5 vezes mais do que as que não estiveram em contacto com os produtos.
A pesquisa foi realizada em conjunto com o Instituto Nacional de Ciências de Saúde Ambiental (National Institute of Environmental Health Sciences - NIEHS), que faz parte dos Institutos Nacionais de Saúde (National Institutes of Health - NIH) e do Parkinson's Institute and Clinical Center, em Sunnyvale, na Califórnia.
De acordo com Freya Kamel, ph.D., pesquisadora no programa interno do NIEHS e co-autora do estudo, "a rotenona inibe directamente a função da mitocôndria, estrutura responsável pela tomada de energia na célula". Ainda segundo Kamel, "o paraquat aumenta a produção de derivados de oxigénio que podem prejudicar certas estruturas celulares. As pessoas que usaram esses pesticidas ou outros, com um mecanismo semelhante de acção estavam mais propensas a desenvolver doença de Parkinson".
O estudo avaliou 110 pessoas com a doença de Parkinson e 358 controles do Estudo da Agricultura e Avaliação do Movimento (FAME, em inglês), para investigar a relação entre a doença de Parkinson e a exposição a pesticidas ou outros agentes que são tóxicos ao tecido nervoso.
O estudo foi publicado no jornal Environmental Health Perspectives, no dia 26 de Janeiro de 2011.
Sem comentários:
Enviar um comentário